Paytime review: Venda de plataforma

Reclamação sobre a empresa Paytime – Negativa de Reembolso e Indução ao Erro

Venho por meio desta registrar minha profunda insatisfação e indignação com a empresa Paytime, que se recusa a devolver o valor de R$ 6.000,00 pago antecipadamente por um serviço que sequer foi entregue. A aquisição foi realizada com base em informações deturpadas e, após constatar diversas irregularidades e inconsistências, solicitei o cancelamento em seis dias após o pagamento, conforme permite o Código de Defesa do Consumidor (CDC), especificamente em relação ao direito de arrependimento em compras realizadas fora do estabelecimento comercial. Contudo, até o momento, quase um mês após a solicitação, não houve reembolso, e a empresa alega que o caso segue “em análise”, retendo indevidamente os valores pagos.

Pontos principais que comprovam a conduta inadequada da empresa:

Informações enganosas sobre cobranças futuras:
Durante todo o processo de negociação, foi assegurado que não haveria cobranças recorrentes ou qualquer valor mínimo de faturamento após a quitação do setup. No entanto, apenas no momento do pagamento fui informado da existência de uma cobrança mínima de R$ 500 após um ano de uso. Esse detalhe essencial foi omitido anteriormente, induzindo-me ao erro e criando uma pressão desnecessária para que honrasse o compromisso assumido, culminando em um pagamento precipitado.

Serviço de gateway anunciado de forma incompatível com a realidade:
A decisão pela aquisição foi fortemente influenciada pela promessa de um serviço de gateway similar ao Mercado Pago, com opções de pagamento via cartão, boleto e PIX, e com integração simples à plataforma. Contudo, descobri posteriormente que o serviço não está disponível conforme anunciado, sendo prometido para 2025, o que já invalida o compromisso firmado pela empresa.

Dificuldades no suporte antes mesmo do início da utilização:
Em meu primeiro contato com a equipe de suporte, enfrentei um processo burocrático e ineficiente, que incluiu passar por três canais diferentes sem obter respostas claras. Ressalto que essa dificuldade foi explicitada como um receio durante a negociação e garantiram-me que não enfrentaria problemas nesse aspecto. A realidade demonstrou exatamente o oposto, comprometendo minha confiança antes mesmo de começar a utilizar o serviço.

Informações conflitantes entre comercial e suporte:
O vendedor da empresa terceirizada afirmou que o gateway estava disponível, enquanto o suporte confirmou que a previsão é para 2025. Posteriormente, após 15 dias, recebi um e-mail contraditório dizendo que o serviço estaria disponível, mas os desencontros e a falta de clareza na comunicação interna tornaram inviável confiar na empresa.

Valores superiores ao originalmente ofertado:
Após toda a confusão, descobri que paguei mais que o dobro do valor que havia sido inicialmente ofertado. Essa situação foi agravada pelo fato de que a negociação foi conduzida por uma empresa terceirizada (sem CNPJ), utilizando outro nome e omitindo o real nome da empresa durante o processo de venda. Inclusive, recursos anunciados no site da terceirizada não faziam parte do contrato da Paytime, algo que só fui informado após questionamento de última hora.

Conclusão:
A conduta da Paytime fere os princípios básicos da boa-fé objetiva, previstos no Código Civil, além de violar os direitos do consumidor garantidos pelo CDC, notadamente os artigos 30, 31 e 35, que asseguram o cumprimento fiel das condições anunciadas e a devolução integral de valores pagos em casos de descumprimento ou desistência no prazo legal.

Diante do exposto, exijo a devolução imediata do valor pago (R$ 6.000,00), devidamente corrigido, sob pena de adotar as medidas judiciais cabíveis para reparação dos prejuízos materiais e morais causados. Fica registrado meu repúdio à postura negligente e desrespeitosa da Paytime, que insiste em reter indevidamente recursos pagos de boa-fé.